Pelas intenções dos prefeitos (ao menos entre os que concordaram em abrir o voto), José Ivo Sartori (PMDB) e Dilma Rousseff (PT) lideram a preferência. A candidata petista teria 19 votos, e o ex-prefeito de Caxias do Sul, 17.
Em um cenário no qual o apoio dos partidos no Estado nem sempre é o mesmo em nível federal, há casos curiosos como os de Lavras do Sul e São Francisco de Assis, onde, apesar de o PP no Estado ter decidido apoiar Sartori e Aécio Neves (PSDB), os prefeitos, que são, respectivamente, Alfredo Borges e Horácio da Silva Borges, preferem votar em Tarso Genro (PT) e Dilma. É bom lembrar que, nacionalmente, o apoio do PP é para Dilma.
_ Foi-se o tempo do voto no cabresto _ justificou Alfredo Borges.
Situação parecida ocorre em Santana da Boa Vista. A prefeita Aline Torres de Freitas (PTB) resolveu votar em Aécio para presidente e em Sartori para governador. Porém, no Estado, o apoio do partido é para Tarso e Dilma. Já em caráter nacional, é para Aécio.
_ O município tem as suas necessidades, e é nelas que preciso pensar _ afirma Aline.
O PMDB é outro que está dividido. Enquanto o apoio da sigla no Rio Grande do Sul, em termos de governo federal, é para o candidato tucano, no país a sigla é a favor da reeleição de Dilma.
_ Acho que votarei no Aécio, mas estou em dúvida. Há questões partidárias e de amizade envolvidas _ diz o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB).
Para a cientista política Angela Quintanilha Gomes, a dificuldade em entender essa rede de alianças começou em 2010, quando os partidos passaram a estabelecer coligações regionais diferentes das alianças construídas no âmbito nacional:
_ Tal quadro dificulta muito a identificação de posições políticas dos partidos no que diz respeito à questão programática (ideológica).