Eleições 2014

39 Prefeitos da região revelam os seus votos

Marilice Daronco

"Uns dizem que é apenas uma questão partidária. Outros vão contra a orientação de suas siglas e votam em quem consideram ter as melhores propostas. Há quem justifique o voto falando sobre as vantagens que suas cidades tiveram ou sobre os projetos que gostariam que o próximo governador e o futuro presidente trouxessem para os municípios que administram. Consultados pelo Diário, dos 39 prefeitos da nossa região, 31 revelaram em quem pretendem votar para presidente e 30 apontaram quem escolheriam para governador neste segundo turno das eleições.

Pelas intenções dos prefeitos (ao menos entre os que concordaram em abrir o voto), José Ivo Sartori (PMDB) e Dilma Rousseff (PT) lideram a preferência. A candidata petista teria 19 votos, e o ex-prefeito de Caxias do Sul, 17.

Em um cenário no qual o apoio dos partidos no Estado nem sempre é o mesmo em nível federal, há casos curiosos como os de Lavras do Sul e São Francisco de Assis, onde, apesar de o PP no Estado ter decidido apoiar Sartori e Aécio Neves (PSDB), os prefeitos, que são, respectivamente, Alfredo Borges e Horácio da Silva Borges, preferem votar em Tarso Genro (PT) e Dilma. É bom lembrar que, nacionalmente, o apoio do PP é para Dilma.

_ Foi-se o tempo do voto no cabresto _ justificou Alfredo Borges.

Situação parecida ocorre em Santana da Boa Vista. A prefeita Aline Torres de Freitas (PTB) resolveu votar em Aécio para presidente e em Sartori para governador. Porém, no Estado, o apoio do partido é para Tarso e Dilma. Já em caráter nacional, é para Aécio.

_ O município tem as suas necessidades, e é nelas que preciso pensar _ afirma Aline.

O PMDB é outro que está dividido. Enquanto o apoio da sigla no Rio Grande do Sul, em termos de governo federal, é para o candidato tucano, no país a sigla é a favor da reeleição de Dilma.

_ Acho que votarei no Aécio, mas estou em dúvida. Há questões partidárias e de amizade envolvidas _ diz o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB).

Para a cientista política Angela Quintanilha Gomes, a dificuldade em entender essa rede de alianças começou em 2010, quando os partidos passaram a estabelecer coligações regionais diferentes das alianças construídas no âmbito nacional:

_ Tal quadro dificulta muito a identificação de posições políticas dos partidos no que diz respeito à questão programática (ideológica).




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